Fuga de sucesso
Oportunidade perdida por Di Luca num dia em que Gerrans ganha integrado em fuga.
14ª Etapa - Mais que a vitória de Simon Gerrans da Cérvelo, notou-se a oportunidade perdida por Di Luca, para ganhar tempo nas bonificações. A LPR esteve mal tacticamente deixando escapar um grupo numeroso logo no ínicio da etapa.
EXPECTATIVA
Era muita a expectativa em torno desta etapa, com final duro no topo de 2 quilómetros a 10% de inclinação, em Bolonha. Danilo Di Luca tinha ganho nesse mesmo local em Outubro do ano passado, durante o Giro dell'Emiglia. Apostava-se num ataque de Di Luca, procurando ganhar tempo efectivo e bonificações, também. Para tal, seria necessário que a LPR controlasse a corrida e nunca deixasse que uma fuga chegasse na frente retirando desse modo a possibilidade a Di Luca de bonificar. Mas seria exactamente isso que aconteceria...
ERRO TÁCTICO
Esteve mal a LPR quando, ao quilómetro 12, deixou escapar 13 ciclistas sem colocar qualquer homem seu na frente. Um homem que pudesse fazer perigar a classificação de outros ciclistas de outras equipas e que, desse modo, obrigasse os outros a trabalhar na anulação da fuga. Um grupo desta dimensão, sem nenhum LPR, seria naturalmente mais difícil de alcançar que um grupo pequeno. A LPR devia ter dado o tudo por tudo desde o ínicio para evitar que a vantagem chegasse aos 5 minutos.
PERSEGUIÇÃO FALHADA
Durante practicamente toda a jornada a LPR esteve na frente do pelotão. A equipa desgastou-se muito nas várias montanhas do dia sem que conseguisse cumprir o objectivo de anular a fuga. Os homens da frente colaboravam bem e, tendo em conta o grande número de ciclistas, iam mantendo alguma frescura. Na "roda" da LPR, no pelotão, quase de modo cínico, seguiam a Rabobank, a Astana e a Liquigas vendo a equia de Di Luca a ser levada ao limite. A vantagem não caía, ou se caía não era nunca o suficiente para que pudesse haver garantias de anulação da fuga. E assim chegámos ao final da etapa em Bolonha. Di Luca estava longe da frente. A vitória iria decidir-se entre os fugitivos.
VITÓRIA DE GERRANS
Foi já nos dois quilómetros finais que Simon Gerrans atacou. Muito forte, resistiu a todos os que tentaram colocar-se a seu lado. Ninguém o passou uma só vez em contra-ataque. O Australiano da Cérvelo (um dos dois Cérvelo em fuga) já tinha dado provas de que era um bom homem em finais difíceis quando, no ano passado ganhou uma das etapas de montanha do Tour. Os outros elementos da fuga chegariam quase todos ainda antes do "homens da geral".
Lá atrás, Di Luca ainda atacaria em resposta a um ataque de Pellizotti, mas sem grande sucesso. Leipheimer, Basso e Rogers perderiam alguns segundos, mas muito pouco significativos. Menchov e Sastre estiveram melhor chegando com Di Luca e Pellizotti. Mas ficou a clara ideia de oportunidade perdida por Di Luca.
Etapa 14
1 Simon Gerrans (Aus) Cervelo Test Team 4.16.48
2 Rubens Bertaglioti (Ita) Diquigiovanni 0.12
3 Francesco Gavazzi (Ita) Lampre - N.G.C. 0.18
...
10 Franco Pellizotti (Ita) Liquigas 1.04
11 Danilo Di Luca (Ita) LPR Brakes - Farnese Vini
12 Stefano Garzelli (Ita) Acqua & Sapone - Caffe Mokambo
13 Denis Menchov (Rus) Rabobank
14 Carlos Sastre (Spa) Cervelo Test Team
15 Marzio Bruseghin (Ita) Lampre - N.G.C.
16 Ivan Basso (Ita) Liquigas 1.07
17 Levi Leipheimer (USA) Astana
18 Michele Scarponi (Ita) Serramenti PVC Diquigiovanni-Androni Giocattoli
19 David Arroyo (Spa) Caisse d'Epargne 1.10
20 Michael Rogers (Aus) Team Columbia - Highroad
Class Geral
Menchov lidera com 34 segundos de vantagem sobre Di Luca.
1 comentário:
thank`s pelos "relatos" de cada etapa, smp q n consigo vêr passo por aqui... :)
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