"Estou na luta!"
Carlos Sastre afirma-se. O Espanhol está na luta. Leipheimer perde muito tempo na etapa mais dura de todas corrida sob muito calor.
16ª Etapa - Dia de muito calor e decisões importantes. Dia de montanha que - todos o sabiam - poderia fazer vítimas e trazer revelações. Etapa longa corrida em mais de 7 (!!) horas.
A vitória de Sastre mostra que o Espanhol da Cervelo está no Giro a fazer mais que apenas a preparar o Tour. A subida ao Monte Petrano era aguardada desde o primeiro dia. No momento da verdade, Sastre atacou debaixo de um forte calor deixando para trás Di Luca e Menchov, e depois Ivan Basso que ainda o acompanhou por alguns quilómetros. Foi, aliás, de Ivan Basso o ataque que acabaria por lançar Sastre para a vitória e para o terceiro lugar da geral.
UM PELOTÃO EM FUGA
A etapa começou com uma fuga muito numerosa. Cerca de duas dezenas de ciclistas formavam quase um pelotão à parte. Andaram na frente durante 3/4 do percurso. No entanto, aos poucos, o grupo foi perdedndo unidades e, à passagem pela penúltima montanha apenas Popovych e Cunego (ambos na fuga original) pareciam em reais condições de discutir a etapa. Os dois entrariam na frente na derradeira subida para Monte Petrano. Popo na frente, Damiano a 30 segundos.
Cunego seria, então, o primeiro a ceder na luta pela vitória. Popovych parecia mais sólido e a cinco quilómetros do fim quase parecia ter a etapa ganha. Foi então que, lá atrás, a Liquigas decidiu mexer na corrida e tudo mudou.
A LIQUIGAS AO ATAQUE
Ao endurecer o ritmo, a Liquigas destruiu o grupo dos poucos que ainda seguiam com os líderes. As primeiras vítimas seriam os homens da Astana. Já se entendera que Leipheimer não estava bem. Armstrong seguiu primeiro com os mais fortes, depois ficou para trás para ajudar o companheiro de equipa. No final perderiam quase 3 minutos para Sastre. Para trás ficariam ainda Pellizotti, Rogers, Garzelli...
TRIUNFO DE SASTRE
Num ápice o grupo dos mais fortes estava reduzido a quatro unidades. Os Liquigas caiam uns atrás dos outros, excepção feita a Basso que se mantinha com Sastre, Menchov e Di Luca. Foi então que aconteceu o momento decisivo (e certamente importante para o desfecho do Giro): Basso atacou sozinho e só Sastre o conseguiu seguir. Os dois ganharam rapidamente alguma vantagem sobre Di Luca e Menchov. O Russo parecia mais preocupado com Di Luca do que com os dois atacantes. Na fase final da etapa Di Luca e Menchov acabarfiam mesmo por colaborar e alcançar Basso, em perda. No final, vitória de Sastre, isolado, com sprint entre Menchov (12") e Di Luca (8") pelas bonificações. Leipheimer parece definitivamente fora da luta pelo Giro.
Etapa 16
1 Carlos Sastre (Spa) Cervelo Test Team 7.11.54
2 Denis Menchov (Rus) Rabobank 0.25
3 Danilo Di Luca (Ita) LPR Brakes - Farnese Vini 0.26
4 Ivan Basso (Ita) Liquigas 0.29
5 Stefano Garzelli (Ita) Acqua & Sapone - Caffe Mokambo 1.19
6 Francesco Masciarelli (Ita) Acqua & Sapone - Caffe Mokambo 1.21
7 Franco Pellizotti (Ita) Liquigas
8 Tadej Valjavec (Slo) AG2R La Mondiale 2.11
9 José Serpa (Col) Serramenti PVC Diquigiovanni-Androni Giocattoli 2.35
10 Lance Armstrong (USA) Astana 2.51
11 Levi Leipheimer (USA) Astana
Class Geral
Denis Menchov lidera com 39 segundos de vantagem sobre Di Luca e 2.19 sobre Sastre. Leipheimer caiu de 3º para 6º, a 3.21.
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