sexta-feira, 5 de junho de 2009

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Governo investe 14,6 milhões

AUMENTO DE 4,3% EM RELAÇÃO A PEQUIM


O Estado português vai financiar o programa de preparação olímpica para Londres'2012 e esperanças olímpicas 2016 em 14,6 milhões de euros, mais 4,3 por cento em relação à verba destinada para Pequim, em 2008.

O contrato-programa entre o Instituto do Desporto de Portugal (IDP) e o Comité Olímpico de Portugal (COP) foi hoje assinado em Oeiras, sob a "supervisão" do ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, e do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias. Numa cerimónia, que teve lugar junto à Tribuna de Honra do Estádio Nacional, no Jamor, e à qual compareceram muitos dirigentes desportivos, coube a Luís Sardinha, presidente do IDP, e a Vicente Moura, presidente do COP, formalizarem o contrato.

Em relação a Pequim, onde Portugal conquistou duas medalhas - Nelson Évora no triplo salto (ouro) e Vanessa Fernandes no triatlo (prata) -, não se projetaram títulos, mas apenas o reforço de verbas. Os 14,6 milhões de euros agora contratualizados dividem-se em vários segmentos: Jogos Olímpicos Londres'2012 - 10,4 milhões de euros, Projecto Esperanças Olímpicas - 2,6, Projecto de Apoio Complementar (1) e Gestão do Programa - 600.000 euros.

Vicente Moura: «Condições são as melhores de sempre»
De acordo com Vicente Moura, existe um "significativo acréscimo" em relação aos Jogos de Pequim de mais de um milhão de euros, tendo em conta que a verba exclusiva para os Jogos na China rondava os nove milhões e agora é de 10,4. "Considero-me bastante satisfeito, quer pelo volume financeiro (14,6), com um aumento significativo em relação a Pequim, quer pelo documento, onde o contrato e os anexos contemplam todas as contradições e eliminam pontos do contrato anterior que eram menos adequados", disse o presidente do COP.

O dirigente falou em "objetivos estratégicos" e evitou falar em objetivos operacionais, dizendo que estes seriam da responsabilização directa das federações, que deverão indicar os seus objetivos. "Desta vez a coisa vai ser mais democrática e serão as federações a definir os seus próprios objetivos", referiu o comandante, explicando que em Pequim foi muito criticado por ter apontado metas e resultados. Vicente Moura lembrou ainda que em Pequim, devido ao rigor do COP, foram executados 13,6 milhões de euros, abaixo dos 14 milhões recebidos, e que agora tem mais um milhão de euros, o que foi possível pela confiança do governo.

"Pela primeira vez está-se a trabalhar a oito anos de distância e vamos dispor de centros de alto rendimento por todo o país. Isso é responsabilizante, mas tenho de afirmar que as condições de preparação são as melhores de sempre no desporto em Portugal", acrescentou.

Pedro Silva Pereira: «Contrato superior»
Do lado do governo, Pedro Silva Pereira salientou o "reforço do investimento financeiro", que cresce 4,3 por cento, e o aumento das bolsas de atletas e treinadores, em mais 10 por cento. O ministro disse ainda que este contrato tem mais "seletividade" nos apoios, mas que se destina a garantir as condições mínimas necessárias para a participação olímpica, sem fixar medalhas, por considerar esta meta contraproducente. "A técnica de fixar em medalhas o número de resultados normalmente é contraproducente, porque funciona como uma pressão, que, por vezes, acaba por prejudicar o alcançar dos resultados", referiu Silva Pereira.

O contrato-programa hoje assinado prevê a atribuição dos 14,6 milhões de euros em quatro anos: 2,2 em 2009, 3,9 em 2010, 4,3 em 2011 e, finalmente, 4,2 em 2012, ano dos Jogos Olímpicos de Londres. Paralelamente a este contrato-programa, o governo tem previsto um investimento de 52,8 milhões na criação de uma rede nacional de centros de alto rendimento e que integra várias modalidades olímpicas. Para Agosto está já prevista a abertura do Centro de Alto Rendimento da Anadia, que acolherá modalidades como o ciclismo, a esgrima, a ginástica, o judo e os trampolins e desportos acrobáticos.

"Reforçámos as condições financeiras, com um contrato superior, mas também porque se articula com investimentos numa rede de centros de alto rendimento e que apoia a preparação dos nossos atletas", frisou o governante.

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