O alemão André Greipel (Team HTC-Columbia) chegou à Volta a Itália de “peito feito”, assumindo-se como favorito para os sprints e reclamando um lugar na equipa para o Tour, mas teve de esperar pela 18.ª etapa para conseguir o primeiro triunfo. Aconteceu hoje, no final da ligação de 156 quilómetros entre Levico Terme e Brescia, na última oportunidade que o Giro proporcionava aos velocistas, antes das três últimas e decisivas etapas que aí vêm. Greipel bateu com à-vontade toda a concorrência, liderada pelo neozelandês Julian Dean (Garmin-Transitions) e pelo italiano Tiziano dall’Antonia (Liquigas-Doimo), segundo e terceiro, respectivamente. Os candidatos à camisola rosa chegaram todos no pelotão, pelo que o espanhol David Arroyo (Caisse D’Epargne) manteve o comando da geral individual.
A etapa esperava-se de transição e assim foi. Apenas dois homens tentaram remar contra a maré. Alan Marangoni (Colnago-CSF Inox) e Olivier Kaisen (Omega Pharma-Lotto) escaparam ao pelotão pouco depois dos 20 quilómetros de corrida, entenderam-se bem, mas a vantagem alcançada não chegou sequer aos três minutos. No pelotão, a Team HTC-Columbia e a Team Sky controlaram a fuga à distância, para que os respectivos homens rápidos tivessem a derradeira oportunidade de brilhar. A fuga morreu a dois quilómetros da meta e o pelotão discutiu a etapa compacto. André Greipel não desperdiçou o ensejo e ergueu os braços.
A partir de amanhã entram em cena os favoritos ao triunfo final, dispondo de três etapas para acertarem contas no topo da classificação geral. David Arroyo comanda com 2m27s de vantagem sobre Ivan Basso (Liquigas-Doimo), mas não deve conseguir manter-se no comando, tendo em conta as fragilidades que revelou nas anteriores etapas de montanha. Basso, pelo contrário, tem mostrado estar em grande momento e dispõe da equipa mais forte, pelo que é o grande favorito. No entanto, terá de ganhar tempo a Cadel Evans nas duas tiradas de montanha, já que os 42 segundos que os separam são perfeitamente recuperáveis pelo australiano no contra-relógio de domingo.
A primeira das três “finais” disputa-se amanhã. Os 195 quilómetros que ligam Brescia a Aprica têm muitas dificuldades pelo caminho. O pelotão vai subir o temível Mortirolo (Cima Pantani), ainda por cima pelo lado mais duro. O trajecto da corrida impõe a ascensão desde Mazzo de Valtelina, uma exigente subida de 12,4 quilómetros que tem uma inclinação média de 10,5 por cento, apresentando rampas de 18 por cento. Segue-se uma longa descida, antes de a estrada voltar a apontar para o céu, embora de forma mais suave, a caminho da meta instalada em Aprica. Antes do Mortirolo, o pelotão enfrenta outras duas subidas pontuáveis para a classificação da montanha, uma delas na própria localidade que há-de acolher o final da etapa.
CLASSIFICAÇÕES
Etapa
1 Andre Greipel (Ger) Team HTC – Columbia 3:14:59
2 Julian Dean (NZl) Garmin – Transitions
3 Tiziano dall’Antonia (Ita) Liquigas-Doimo
4 Gregory Henderson (NZl) Sky Professional Cycling Team
5 Danilo Hondo (Ger) Lampre-Farnese Vini
6 Graeme Brown (Aus) Rabobank
7 Lucas Sebastian Haedo (Arg) Team Saxo Bank
8 Michiel Elijzen (Ned) Omega Pharma-Lotto
9 Fabio Sabatini (Ita) Liquigas-Doimo
10 William Bonnet (Fra) Bbox Bouygues Telecom
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