domingo, 4 de outubro de 2009

Rio ganha a disputa. As Olimpíadas de 2016 serão aqui!




A sensação é de conquista de uma Copa do Mundo. A multidão concentrada em frente ao telão instalado próximo ao Copacabana Palace, explodiu em alegria assim que foi anunciada a indicação do Rio de Janeiro com sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

No camarote Vip autoridades vibravam com a decisão que transformará a cidade no palco central das atenções mundiais entre 5 a 21 de agosto de 2016 e faz do Rio a primeira cidade da América do Sul a sediar um evento deste porte.

Além de poder divulgar a imagem da cidade para o cenário mundial o Rio ganha, com esta indicação, uma nova infraestrutura com investimentos previstos pelo Comitê Organizador na ordem de US$ 14,4 bilhões. Estima-se também que a economia do país movimente algo em torno de US$ 51,1 bilhões nos próximos 20 anos.

A realização das Olimpíadas significa também a criação de dois milhões de empregos diretos e indiretos e beneficia todo o setor produtivo do Rio incluindo a área de construção civil. No setor de transportes estima-se que a cidade, para modernizar seus serviços, deva receber cerca de US$ 5 bilhões destinados à melhoria de trens, ônibus e principalmente do metrô.

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Serão 120 novos trens, além da reforma e instalação de ar-condicionado em quase 100, para melhorar a operacionalização do sistema e adequar o serviço às necessidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e as exigências do COI.

A cidade tem previsão de investimento de quase R$ 30 bilhões. Segundo o Estudo de Impactos Socioeconômicos Potenciais da Realização dos Jogos Olímpicos na Cidade do Rio de Janeiro em 2016, encomendado pelo Ministério do Esporte à Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo (USP), com o alerta de que a economia precisa manter o ritmo de crescimento, seriam 120 mil empregos por ano até a realização dos Jogos e mais 130 mil empregos anuais até 2027.

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A ideia é aproveitar projetos de infraestrutura esportiva construídos para o Pan Americano e para a Copa do Mundo em 2014, além dos Jogos Militares em 2011. A rede hoteleira que conta com 22,5 mil quatros de estabelecimentos na categoria entre 3 e 5 estrelas precisará ser ampliada e modernizada com a criação de mais 18 mil quartos. Entre as obras está prevista a transformação do autódromo Nelson Piquet no centro olímpico.

A Zona portuária será beneficiada com as obras do projeto Porto Maravilha que transformarão o local num complexo de lazer, entretenimento e serviços. Boa parte dos investimentos de US$ 187 millhões do Prodetur também serão destinados a melhoria da infraestrutura da cidade.

Mas, conforme o governador Sérgio Cabral, o maior legado para a cidade e também para o país, será na auto-estima da população.

Por último Madri, capital da Espanha, também foi rejeitada pelos membros do COI. O fato de o país ter sediado em 1992, em Barcelona, uma recente olimpíada pode ter pesado na decisão.

Na votação final o Rio ficou com 66 votos contra 32 de Madri.

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