Celestino conquista a Galiza
No dia do seu 26º aniversário, Celestino Pinho sagrou-se vencedor da Taça Galega de Ciclocrosse, transportando na vitória o facto inédito de ter sido o primeiro português a inscrever o nome no troféu promovido pela Federação Galega e por, em tempos de defeso, ser o único profissional do ciclismo português a correr numa vertente que conheceu popularidade nas décadas de 70 e 80, mas que se encontra actualmente "extinta" em Portugal.
Em Maceda, na corrida ontem disputada na Corunha, Pinho, novo corredor do CC Loulé-Louletano, não foi além da quinta posição, mas a desistência do segundo classificado no ranking, o galego Narciso Pineiro, permitiu-lhe a conquista à geral do troféu, somando 800 pontos após 12 provas disputadas, ao ritmo de quase uma competição por fim-de-semana desde Setembro. "Esta vitória enche-me de satisfação. É um triunfo da regularidade. E tem um sabor especial por se tratar da primeira com as cores da minha nova equipa", resume Celestino . "Foram três meses a treinar e a fazer sacrifícios que finalmente foram recompensados. Quando comecei no ciclocrosse, foi para encarar a preparação para a época de estrada durante o Inverno de forma diferente. Mas depois transformou-se em competição pura e dura", acrescenta o natural de Avintes. "Foi a motivação da liderança e das vitórias a levar-me mais longe. Com esta corrida termino a minha época no 'crosse' e passo a dedicar-me à estrada" analisou o português que é, desde ontem, campeão galego de ciclocrosse em Elites 2009/2010.
"Para mim isto é um vício"
"Para uns é uma corrida, para outros um espectáculo, mas para mim, já o tenho dito, é um vício". Celestino Pinho começou a pedalar com 10 anos, fazendo BTT de competição. A passagem à estrada foi natural e o profissionalismo chegou aos 20 anos, correndo pela Barbot-Siper. Em 2009, incentivado pelo especialista Tino Zaballa, com quem coincidiu na LA-Paredes Rota dos Móveis, Pinho começou a treinar ciclocrosse mal acabou a época de estrada. Já tinha experimentado a disciplina "no passado, enquanto sub-23 e júnior", recorda. "Neste tipo de corridas é fundamental o arranque. A fase de montar e desmontar da bicicleta é decisiva. Temos de ter uma boa técnica e um pulso que se aguente no máximo. Costumo dizer, é uma hora à morte, tipo contra-relógio. Na estrada, só na fase final das corridas se atingem estas pulsações", explica.
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