terça-feira, 9 de novembro de 2010

Haile para a reforma. Será?


A melhor imagem de Haile Gebrselassie é a de um fundista que se tornou velocista, tal a facilidade que tinha para mudar o andamento e conquistar medalhas de ouro nas grandes competições.
Foi assim nos Jogos Olímpicos e nos Campeonatos do Mundo e essa fina qualidade ímpar também se traduziu quando mudava de ambiente para a pista coberta. Gebrselassie despediu-se do atletismo quando abandonou a sua última prova, a Maratona de Nova Iorque, competição na qual fez a estreia aos 37 anos.
O conhecido fundista etíope diz que é preciso dar lugar aos mais jovens, em face da persistente lesão no joelho direito.
De certo modo as suas declarações foram inesperadas, mas Gebre sabe que não poderia haver milagres. São muitos anos consecutivos na alta-roda mundial, muito desgaste acumulado, e poucos incentivos lhe sobravam para querer prolongar a carreira no alto rendimento.
Ímpar
Para trás fica uma carreira ímpar. Foi fantástica a maneira como respondeu sempre afirmativamente aos grandes desafios. Haile era um fundista respeitado pelo seu valor e pela sua maneira de ser.
“Era um campeão afável e isso mete respeito aos adversários”, diria Carlos Lopes, que chegou a conhecer pessoalmente o detentor de 26 recordes do Mundo e vencedor de quase duas centenas de provas.
A expressão máxima foi conseguida há dois anos na maratona de Berlim, quando Gebrselassie bateu o recorde mundial da distância, com 2.03,59 h, baixando a barreira histórica das 2.04 h. Agora fica a dúvida se alguém tão cedo poderá baixar das duas horas na maratona.

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