Vanessa: «Não foi um ano perfeito»
VICE-CAMPEÃ OLÍMPICA FAZ VISITA DE NATAL
Vanessa Fernandes revelou esta segunda-feira que esperava mais de 2008, ano em que se sagrou vice-campeã olímpica, pentacampeã de Elites e tetracampeã sub-23.
"Não, não foi um ano perfeito. O ano perfeito espero que ainda esteja para chegar e vou fazer por isso. Se calhar não consegui aquilo que queria nas condições que queria. Mas isso fica para mim, é melhor...", confessou.
A triatleta, em visita às crianças do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, apenas esclareceu o seu estado de espírito: "Sou um bocadinho exigente demais comigo e bastante ambiciosa. Se calhar é bom ou mau. Mas ainda tenho dentro de mim muita coisa para fazer."
Vanessa, que também foi campeã mundial e europeia de duatlo este ano, escusou-se a falar do processo eleitoral para o Comité Olímpico de Portugal, para o qual existe, até ao momento, um único candidato, Vicente Moura, que mereceu severas críticas por parte de vários atletas que competiram nos Jogos Olímpicos de Pequim.
"Não estou escondida em relação a nada. Não estou para falar nesses aspectos, pois estou numa acção de solidariedade. Isso fica para outra altura. Apenas não quero confusões e [quero] continuar a ser quem sou e fazer as minhas coisas normais", vincou.
Cerca de uma dúzia de crianças internadas receberam uma modesta prenda (uma t-shirt) oferecida pelo Banco Espírito Santo, numa iniciativa que valeu essencialmente pela presença de Vanessa Fernandes, que escreveu uma dedicatória a cada um dos pacientes.
"Na parte desportiva temos de mostrar a nossa força e garra nas provas, mas também devemos mostrar o nosso lado humano. Um atleta não é campeão só a ganhar provas, mas em tudo enquanto pessoa. Aqui mostramos o nosso lado mais sensível, o nosso eu", lembrou a vice-campeã olímpica.
João Ferreira, director do hospital, disse à agência Lusa que a presença de Vanessa Fernandes entre os mais novos "foi uma óptima prenda de Natal" que deu aos pacientes e pais "mais força para ultrapassar estes momentos mais complicados".
"Muitas vezes o melhor remédio está na nossa cabeça. Não são as drogas que aqui damos, ou medicamentos, é a nossa força de vontade. Algo recíproco para os próprios atletas que participam na iniciativa. Todos nos sentimos um pouco melhores", concluiu.
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